Desenvolva sua inteligência emocional e destaque-se
Conhecer e dominar todas as técnicas e práticas para um bom trabalho. Boa formação, fluência em outros idiomas, cursos de especialização. Essas são algumas das características e competências exigidas pelas empresas em processos seletivos. Antes elas eram suficientes e determinavam se o profissional era bom ou não. Mas, de algumas décadas para cá, e mais intensamente nos últimos anos, as organizações têm feito questão de habilidades não citadas acima, as comportamentais. Autocontrole, autoconhecimento, equilíbrio, bom relacionamento - competências que, entre outras, formam a inteligência emocional.
Para quem ainda não conhece o termo, essa é a capacidade de lidar e dominar as próprias emoções. "O profissional tem de se conhecer, tem de ser capaz de perceber qual emoção o domina e em quais momentos isso acontece", explica o coach Carlos Cruz. E não para por aí, depois desse exercício de autoconhecimento, faz parte desse pacote perceber as emoções de outras pessoas e saber trabalhar com elas. "É também uma questão de saber influenciar a emoção do outro", completa o pesquisador do Insper (ex-Ibmec SP), Gazi Islam.
Segundo Cruz, essa competência, como pode ser chamada, faz muita diferença no desempenho profissional. "O que acontece hoje é que muitas pessoas são contratadas pelas competências técnicas e demitidas pelas competências comportamentais, porque não há um equilíbrio entre elas. O mercado precisa e busca profissionais completos, que sejam capazes de ser razão e emoção, afinal o ser humano é feito dessas duas partes", aponta. "As empresas estão rodeadas de bons e competentes profissionais, o que os diferencia é a inteligência emocional que têm ou não" diz Islam.
Desenvolvendo a inteligência emocional
Cruz tem um método que, segundo ele, pode ajudar no desenvolvimento da inteligência emocional. São cinco etapas: eu me conheço, me gerencio, tenho motivação, conheço os outros e gerencio os outros.
Ele afirma que o maior segredo é a pessoa aprender a se questionar mais e nas respostas se conhecer melhor para ter condições de fazer um autogerenciamento. "Como eu posso agir diferente nessa situação? Será que não existe outra forma de agir que gere mais resultados? - Esse autoconhecimento e controle de pensar antes de agir são fundamentais", explica.
Buscar essa transformação não deve ser, no entanto, apenas um exercício porque o mercado requer, mas sim, uma ação motivada por algum objetivo próprio. "Não vou ficar mais calmo por ficar, tenho de saber o que quero com isso e como tal atitude poderá ser útil para o meu desenvolvimento", diz Cruz. Os benefícios dessa mudança são sempre positivos. "Profissionais com inteligência emocional desenvolvida são mais abertos a feedbacks, além de buscá-los afim de se desenvolverem", conta. "Eu costumo dizer que a inteligência emocional é o passaporte para o sucesso, é a melhor maneira de viver e se relacionar", finaliza Cruz.
Fonte: emprego certo